domingo, 31 de agosto de 2008

O ESCAFANDRO* E A BORBOLETA


Um filme tocante (ainda não li o livro): O Escafandro e a Borboleta é tão belo que é díficil descrevê-lo em palavras...

Obs: Há mais ou menos 3 semanas, Cleber me ligou perguntando se eu tinha visto o filme. Com a negativa, me INTIMOU a vê-lo. E como temos gostos parecidíssimos, com raríssimas exceções, claro que fui assistir, já sabendo que gostaria. Quase não consigo, só está passando em UMA sala no RJ. (E claro que com uma companhia 100% agradável, o filme vai ficar nas minhas lembranças por muuuuito mais tempo! rs... )

Pra quem não viu ou leu o livro, ele é baseado no livro biográfico de mesmo nome: conta a história de Jean-Dominique Bauby, editor da revista Elle, que sofre um derrame aos 43 anos. Depois de ficar em coma por vinte dias, ao acordar, ele estranha tudo ao seu redor - os médicos, as enfermeiras e o fato de estar num hospital. Conforme tenta falar com os médicos que o atendem, Bauby descobre que é incapaz de falar, e começa a se desesperar, o que não adianta muito já que ainda está meio grogue. Após um tempo, um neurologista vai visitá-lo e esclarece tudo, explicando que Bauby sofreu um ataque cerebrovascular, que tem sorte de estar vivo devido aos avanços da medicina, mas que apesar de tudo que foi feito, o infeliz está paralisado dos pés á cabeça e não consegue falar. A única parte de seu corpo não paralisada é o olho esquerdo, e é por meio de testes de percepção que descobrem que apesar de estar praticamente como um vegetal, o cérebro de Bauby ainda está funcionando plenamente. Ou seja: ele tem consciência de sua situação, ele compreende o que falam com ele, e ainda possui a memória e a inteligência intactas. Após a avaliação, o Doutor explica ao paciente que ele sofre da síndrome Locked-In (Preso Dentro), na qual o corpo se encontra paralisado, enquanto que a mente permanece ativa.

Com a ajuda da fonoaudióloga Henriete, a maior responsável por fazer com que Bauby conseguisse se comunicar, ele consegue aos poucos sair da depressão e encarar a situação. Com o tempo, ao invés de encarar as tentavivas de Henriete como um trabalho ínutil, ele se esforça para se comunicar. O único método possível era que ela recitasse o alfabeto organizado por um especialista na ordem de maior uso na língua francesa, e quando chegasse na palavra desejava ele fechasse a pálpebra. Aos poucos, com o empenho de Henriete, ele tem a ideia de "escrever" sua biografia. Entra em cena Claude, que pacientemente interpreta seus pensamentos através do alfabeto e das piscadas de pálpebras.

Claro que com o tempo que Claude e Bauby passam juntos diariamente eles acabam se aproximando, e Claude se torna uma pessoa importante para ele, assim como todas as pessoas que o ajudaram, inclusive sua ex mulher e seus 3 filhos. Se dá conta de que a vida da gente pode mudar em 24h e que, de uma hora pra outra, você pode perder a oportunidade de se doar mais aos que ama. Enfim, o que acontece durante e depois do livro ser escrito, vocês só vão saber vendo o filme.

Bem, a história do filme pode parecer totalmente depressiva, mas não é. Oscila bastante entre momentos de confusão, momentos tristes, que por ser um drama acabam sendo a maioria, momentos sarcásticos, sonhos, e momentos sensuais (hehehe). Então, apesar de todo o drama da história, é possível dar uma risadinha em algumas partes do filme, se você não tiver um coração muito mole. Algo que achei excelente foi o ângulo utilizado para as tomadas. A câmera mostra na maioria das vezes o modo com que Bauby vê as coisas, ou seja, você tem a impressão de estar na pele dele (ui). Você vê o que ele vê, e isso faz com que você se envolva com o personagem. Sem falar que a fotografia do filme é linda... ao final de tudo, vc não sabe se se emociona ou se agradece a Deus por não estar passando por essa triste situação...


* Escafandro é uma roupa pra mergulhos de muita profundidade, que possui um cabo pra respiração, ligado a um cilindro de ar que fica na superfície. E é assim que Bauby se sente, preso em seu escafandro, mas com o pensamento livre como uma borboleta! Isso explica o nome do filme e do livro que ele escreve.

Indicações de O Escafandro e a Borboleta ao Oscar:

Melhor Diretor: Julian Schnabel
Mehor Roteiro Adaptado
Melhor Fotografia
Melhor Montagem

Premiações no Globo de Ouro:

Melhor Diretor: Julian Schnabel
Melhor Filme Estrangeiro
Melhor Roteiro: Ronald Harwood


NOTA: DEZ!
O bonequinho do O Globo aplaudiu de pé... eu tb!
Sem mais a dizer espero que vocês realmente vejam o filme, vale a pena!

Fiquem com o TRAILLER!


Um comentário:

Anônimo disse...

Très jolie! Magnifique!
Le Scaphandre et le papillon.

Deixando o francês de araque de lado... rsrs

Scorpions foi foda!!! Still loving you Rio! rss