quinta-feira, 6 de novembro de 2008

OBAMA LÁ


Meus queridos!

Venho hoje aqui já com a experiência de uma mulher de 31 anos, não é mesmo? Desde semana passada não dou às caras, confesso que por preguiça mesmo, porque a programação de fim de semana está ótima! Superrrrrrrrrr animada para o show do Maroon 5, amanhã, no HSBC Arena. Longe pra ca#@#$#lho, mas vai valer a pena, tenho certeza. Vai ser bom mudar de estação e fugir um pouco dos sambas e pagodes da última semana. Meu aniversário foi tranquilo, fiquei em família, e às vezes (só às vezes) é bom pra relembrar os velhos tempos, juntar todo mundo num clima ameno. Crianças em casa, falatório de feira livre, meu pai mais uma vez fez falta: já é o segundo aniversário sem ele. Obrigada a todos que me ligaram, desculpem o congestionamento de linha, mas só estou com o celular. Obrigada a todos os e-mails e scraps e a todas as demonstrações gratuitas de carinho!

OBAMA LÁ: 1º candidato negro à Casa Branca, 1º candidato negro eleito pelo voto direto. A esperança de um país depositada em um nome - Barack Obama. Muitos o estão vendo como um negro metido só porque chegou à presidência, e que vai usar a questão racial como projeto principal de governo. Não o vejo assim. A questão racial nos EUA passará sim a ser mais discutida, mais "ouvida", no entanto, o que mais contará, é a vontade dele em transformar o "fragmentado" em um todo. UNIDADE, acho que é essa a sua meta. Que me corrijam os intelectuais e estudiosos políticos - como se algum entrasse aqui! hahahaha... (essa é só mais uma das minhas humildes (e talvez esteja até falando besteiras) opiniões.

"Pois temos uma escolha a fazer, em nosso país. Podemos aceitar uma política que fomente a divisão, o conflito e o cinismo. Podemos tratar da questão racial apenas como espetáculo --como o fizemos no julgamento de OJ--, ou apenas em momentos de tragédia, como o fizemos depois do Katrina, como munição para as notícias noturnas. Podemos exibir os vídeos do reverendo Wright em todos os canais, todos os dias, e falar sobre eles daqui até a eleição, e fazer com que a única questão a ser debatida no pleito seja a possibilidade de que eu concorde ou simpatize de alguma maneira com as mais ofensivas de suas palavras. Podemos explorar uma gafe de algum assessor de Hillary, ou podemos especular se todos os homens brancos votarão em McCain, não importa quais sejam suas opiniões políticas. Podemos agir assim. Mas, caso o façamos, posso lhes afirmar que, na próxima eleição, estaremos falando sobre outra distração; e depois outra; e mais outra; e nada jamais mudará.

Essa é uma opção. Ou podemos, neste momento, nesta eleição, nos unir e exclamar: 'Desta vez, não!' Desta vez, queremos falar sobre as escolas decadentes que estão roubando o futuro de crianças negras, brancas, asiáticas, hispânicas e indígenas. Desta vez podemos talvez rejeitar o cinismo que nos diz que essas crianças são incapazes de aprender, que essas crianças de aparência diferente das nossas são problema de outra pessoa. As crianças dos Estados Unidos não são 'essas crianças': são as nossas crianças, e não permitiremos que fiquem para trás na economia do século 21. Não desta vez.

Desta vez queremos discutir sobre as filas repletas de brancos, negros e hispânicos desprovidos de planos de saúde nos pronto-socorros, pessoas que não têm o poder de superar sozinhas os interesses especiais em Washington mas que poderiam fazê-lo caso nos uníssemos.

Desta vez queremos falar sobre as fábricas abandonadas que no passado ofereciam vida decente a homens e mulheres de todas as raças, e sobre as casas à venda que no passado pertenceram a pessoas de todas as religiões, todas as regiões, todas as ocupações. Desta vez queremos falar sobre o fato de que o verdadeiro problema não é que alguém de aparência diferente possa tomar nosso emprego, mas sim que a empresa para a qual alguém trabalha possa decidir despachar esse emprego a outro país em busca de nada mais que lucro.

Desta vez queremos falar sobre homens e mulheres de todas as cores e credos que servem unidos e lutam unidos e sangram unidos sob a mesma orgulhosa bandeira. Queremos falar sobre como trazê-los para casa de uma guerra que não deveria ter sido autorizada e jamais deveria ter sido travada, e queremos falar sobre como devemos demonstrar nosso patriotismo cuidando deles e de suas famílias, e lhes propiciando os benefícios que conquistaram.

Eu não estaria disputando a presidência caso não acreditasse de coração que é isso que a vasta maioria dos norte-americanos deseja para o país. Nossa união talvez jamais venha a ser perfeita, mas geração após geração demonstraram que ela sempre pode ser melhorada. E hoje, sempre que me vejo cínico ou em dúvida com relação a essa possibilidade, aquilo que me dá mais esperança é a próxima geração --os jovens cujas crenças e atitudes e abertura à mudança já fizeram história nesta eleição.

E o trecho que acho mais bonito:

"Trata-se de uma história que não fez de mim o mais convencional dos candidatos. Mas ela tornou parte de minha composição genética a idéia de que este país é mais que a soma de suas partes - - a idéia de que, múltiplos, sejamos um só. "

(Discurso do Senador Baraka Obama na Filadélfia, em sua campanha presidencial)



É isso aí, que seja o início de uma era mais HUMAMA aos Estados Unidos da América.

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